Os neologismos como um processo de resistência: observações linguísticas na comunidade Wakalitesu (Camargo 2020)

Autor:	Camargo, Jonathan de Paula
Data:	2020
Título:	Os neologismos como um processo de resistência: observações linguísticas na comunidade Wakalitesu - Aldeia Três Jacus
Detalhes:	Orientação: Áurea Cavalcante Santana Mestrado, Universidade Federal de Mato Grosso

Itens afins

• Diversidade e interdisciplinaridade : tessituras de pesquisas com línguas minorizadas (Santana & Miranda orgs. 2024)

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Camargo_2020_Os_neologismos_como_um_processo_de_resistencia.pdf	PDF document	10.59 MB	Info

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Resumo

Motivado pela curiosidade em compreender de que maneira são constituídas palavras novas em uma língua e como estas palavras e as suas funções linguísticas estão associadas às construções lexicais e semânticas pelos seus falantes, o presente trabalho aborda manifestações de neologismos na língua Wakalitesu, pertencente à família Nambikwara. Partimos da concepção de neologismo como uma prática linguística que ocorre com a inserção ou criação de novas palavras resultantes da necessidade de denominar novas informações, instrumentos e tecnologia, por vezes não familiares à cultura e para as quais não existiam referências na língua indígena. Para esse estudo, inicialmente, foram visitadas pesquisas que tiveram como objeto de estudo o processo de formação de neologismos, ou criação de palavras, bem como suas classificações em diversas línguas indígenas (DOURADO; PRAÇA, 2016; PRAÇA, 2012; OLIVEIRA; LEAL; MORI, 2014; BORGES, 1998; GONÇALVES, 2007). Para que fosse possível uma análise mais específica voltada para as manifestações de neologismos na língua Wakalitesu, consideramos, também, alguns estudos realizados em outras línguas Nambikwara (COSTA, 2020; SOUZA NETTO, 2018; TELLES, 2014, 2013, 2002; PRICE, 1978). A presente pesquisa tem abordagem qualitativa, utilizando procedimentos metodológicos da pesquisa de campo, a partir da qual apresentamos alguns processos de neologismos na língua Wakalitesu, destacando os processos de criação de palavras como resistência linguística. Esperamos que o trabalho contribua para a realidade sociolinguística atual da comunidade em questão frente à manutenção da língua Wakalitesu e valorização da diversidade de línguas faladas em Mato Grosso.

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