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Curt Nimuendajú im Gebiete der Gê-Völker im Innern Nordost-Brasiliens. Anthropos, Mödling bei Wien, vol. 24(3-4), p. 670-672, 1929.

(‘Curt Nimuendajú na região dos povos Jê no interior do Nordeste do Brasil’. Na realidade, não se trata de uma comunicação científica, mas de uma carta particular enviada ao Padre Wilhelm Koppers, editor do Anthropos, datada de 2 de abril de 1929 e despachada em Barra do Corda (MA). Nela, Nimuendajú conta num tom coloquial as peripécias e vicissitudes da expedição aos Apinayé e Canela realizada para os museus etnológicos de Leipzig, Dresden e Hamburg, em 1928/29. O Padre Koppers optou por publicar a carta, sem perguntar ao remetente, considerando-a um relato vivo e eloquente das dificuldades que um antropólogo pode enfrentar em campo e, por isso, de grande interesse para os leitores do periódico. No entanto, os diretores dos três museus, em particular Fritz Krause, recearam que a publicação da carta poderia comprometer a imagem dos museus, passando a impressão de que não teriam disponibilizado recursos suficientes para a expedição e que teriam explorado o pesquisador. Essa reação, documentada numa série de cartas arquivadas no Museu Grassi em Leipzig, obrigou o Padre Koppers a publicar uma nota explicativa no fascículo seguinte do Anthropos (24(5-6), 1929, p. 1104). O episódio, aliás, levou ao rompimento das relações de Nimuendajú com o Anthropos por ter considerado a decisão de Koppers uma indiscrição.)

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