Emerson Carvalho de Souza
(PG/IEL/Unicamp)
O grupo Jamináwa-Arara está localizado no rio Bagé, na região do alto Juruá, estado do Acre. Na comunidade, encontram-se aproximadamente 180 habitantes, vivendo em três aldeias: São Sebastião, Siqueira e Buritizal. Atualmente, muitos nativos migram para as cidades, deixando de lado os seus costumes tradicionais, entre eles o uso da língua de seus antepassados. Vale a pena mencionar que a língua investigada neste local é a Arara pertencente à família lingüística Pano. A propósito, da língua, poucos falam o idioma e mesmo com o domínio do Português na aldeia, há um esforço dos índios para documentar a língua, pois ela se encontra em processo acelerado de extinção. Neste sentido, empenhamos em descrever aspectos da gramática Arara e ora apresentamos alguns processos morfossintáticos da língua, tais como as construções interrogativas, coordenadas, subordinadas e construções de complemento; além destes tópicos ainda enfatizaremos a realização e apagamento de argumentos do verbo em orações coordenadas. Para elaboração de nossos estudos, buscamos suporte em Greenberg (1966), Givón (1984, 1990), Cunha (1993) e Cândido (2004).
(Workshop da Área de Línguas Indígenas da PG do IEL/Unicamp, 12 e 13 de novembro de 2009)