A transcrição dos 1766 verbetes do terceiro volume da Bibliografia Crítica da Etnologia Brasileira foi concluída em outubro de 2018. O volume inclui, ainda, 68 acréscimos referentes ao vol. I e 48 acréscimos referentes ao vol. II.
AYTAI, Desidério
- Weheriá Karajá conta a lenda do Sol. Publicações do Museu Municipal de Paulínia, n. 8, Paulínia 1979, pp. 7-13.
As notas ao final do texto esclarecem alguns termos usados pelo informante, entrevistado em setembro de 1977.
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AYTAI, Desidério
- Obstetrícia karajá. Publicações do Museu Municipal de Paulínia, n. 10, Paulínia 1979, pp. 1-11. Bibliografia.
Em janeiro de 1978 e abril de 1979 o autor obteve uma série de informações sobre práticas ligadas à gravidez, parto e resguardo entre os Karajá da aldeia de Aruanã. No artigo encontram-se também dados sobre matérias anticoncepcionais e favorecedoras da lactação.
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AYTAI, Desidério
- Canções de ninar dos índios. Publicações do Museu Municipal de Paulínia, n. 11, Paulinia 1980, pp. 5-30, 6 tabelas, 3 figuras, 9 fonogramas. Bibliografia.
Bonita aula sobre os aspectos técnicos, musicais e culturais dessas formas de comunicação, com exemplos tirados do mundo xavante, bororo, waurá e karajá.
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AYTAI, Desidério
- Análise de um rito xavante. Publicações do Museu Municipal de Paulínia, n. 12, Paulínia 1980, pp. 1-10, 2 figuras, 1 transcrição musical. Bibliografia.
Estudando o rito que precede as caçadas com cerco de fogo dos Xavante, o autor examina separadamente o círculo formado pelos caçadores, o canto que executam e a manipulação de arco e flecha, concluindo que "o grupo manifesta sua identidade pelo círculo, entoa um canto que tem relação com o sobrenatural e transforma suas armas em anti-armas" (p. 9).
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AYTAI, Desidério
- O mundo cromático dos karajá. Publicações do Museu Municipal de Paulínia, n. 13, Paulínia 1980, pp. 9-25, 2 gráficos. Bibliografia. — Reproduzido na Revista de Antropologia, vol. 23, São Paulo 1980, pp. 1-18, 2 figuras. Bibliografia.
Estudo pioneiro de aplicação da cromatometria visando ao estabelecimento do mapa semântico das cores na cultura karajá. Mais do que um artigo, é uma aula sobre as técnias [sic] de coleta dos dados e sua interação, traço, aliás, muito característico de todos os trabalhos do autor.
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AYTAI, Desidério
- A monotonia na música dos índios. Publicações do Museu Municipal de Paulínia, n. 14, Paulínia 1980, pp. 14-29, 2 fonogramas. Bibliografia.
"No presente trabalho escolhemos um aspecto da música, a monotonia - a crítica mais comum contra a música dos índios - e tentaremos analisar as suas características. Embora a sensação provocada pela monotonia de uma peça musical seja, essencialmente, um fenômeno psicológico e bastante complexo, ela é acessível a uma análise objetiva e até quantitativa, como esperamos demonstrar nesse ensaio" (p. 14) que se utiliza de materiais xavante e nambikwara em particular.
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AYTAI, Desidério
- Apontamentos sobre o dualismo econômico dos índios Nambikuara. Publicações do Museu Municipal de Paulínia, n. 15, Paulínia 1981, pp. 13-30. Bibliografia.
Para esclarecer algumas das dúvidas que suscitaram a acalorada polêmica entre Price, Aspelin e Lévi-Strauss (BCEB 2906), sobre o assunto, o autor oferece as suas observações, colhidas em várias temporadas de campo entre 1963 e 1967. Elas dizem respeito ao grau de aculturação registrado entre os diversos grupos (Mamaindê, Sararê, Serra Azul e Galera), ao estado das roças e ao número de índios presentes na aldeia por ocasião das visitas. Finalmente, os dados meteorológicos existentes para a área parecem confirmar que a viagem de Lévi-Strauss aos Nambikwara deu-se num ano de grande estiagem, determinando em grande parte o teor de sua etnografia.
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AYTAI, Desidério
- Como os juré viraram macacos. Contado por Weheriá Karajá. Publicações do Museu Municipal de Paulínia, n. 16, Paulínia 1981, pp. 16-19. Bibliografia em notas.
Pequeno mito karajá provido de notas interpretativas. O conjunto constitui ótimo texto didático.
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AYTAI, Desidério
- A música instrumental xavante. Revista de Música Latino Americana/Latin American Music Review, vol. 2, n. 1, Austin 1981, pp. 103-129, 11 figuras e 6 fonogramas. Bibliografia.
Nos dizeres do autor: "O presente trabalho é uma análise da música instrumental e mista dos Xavante, dando ênfase, além da parte musical, ao aspecto tecnológico da fabricação dos instrumentos musicais, isto é, a cultura material vinculada à vida musical" (p. 103). Estuda a flauta de cabacinha provida de chocalho, a flauta simples de bambu, sem orifícios, a flauta dupla do mesmo material e tipo, quatro variedades de chocalho, o bastão-chocalho e o apito de casulo de inseto.
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AYTAI, Desidério
- A flauta nasal nambikuara. Publicações do Museu Municipal de Paulínia, n. 17, Paulínia 1981, pp. 6-17, 4 figuras, 2 tabelas. Bibliografia; n. 18, Paulínia 1981, pp. 11-26, 5 figuras, 1 tabela. Bibliografia; n. 19, Paulínia 1982, pp. 12-19. Bibliografia; n. 20, Paulínia 1982, pp. 8-16, 2 fonogramas. Bibliografia.
Estudo definitivo sobre esse pequeno instrumento musical, explicado que foi de todos os ângulos: tecnológico, musicológico e simbólico.
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AYTAI, Desidério
- Da caderneta de campo do antropólogo: o fuso carajá. Publicações do Museu Municipal de Paulínia, n. 22, Paulínia 1982, pp. 17-24, 5 figuras. Bibliografia.
A fiação dos Karajá é o tema abordado, descrevendo o autor o preparo da matéria prima, o fuso e todo o processo, observado em 1982 em Aruanã.
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AZEVEDO, Leodegário A. de
- As línguas indígenas do Brasil. In Ensaios de Lingüística e Filologia. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 1971, pp. 41-46.
Comentários ao livro de J. Mattoso Câmara Jr., Introdução às línguas indígenas brasileiras (BCEB 1984).
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AZEVEDO, Thales de
- Os xamãs com atributos funcionais de juízes. In Thekla Hartmann e Vera Penteado Coelho (orgs.), Contribuições à antropologia em homenagem ao Professor Egon Schaden. Coleção Museu Paulista, Série Ensaios, vol. 4, São Paulo 1981, pp. 31-39. Bibliografia.
Reflexões sobre antropologia do direito a partir do papel do xamã em sociedades tribais brasileiras.
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BACK, Silvio
- República Guarani. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982. 116 páginas, ilustrado. Bibliografia.
Roteiro do filme, contendo o texto das entrevistas mantidas pelo cineasta com diversos estudiosos do assunto, entre eles Bartomeu Meliá e Clovis Lugon.
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BAER, Gerhard
- Zur Besiedlung des Xingu-Quellgebietes. Staden-Jahrbuch 13, São Paulo 1965, pp. 105-117. Bibliografia.
Depois de caracterizar o Alto Xingu como área de intensa aculturação intertribal, o autor procura datar a entrada dos diversos grupos xinguanos na região, à base dos centros de irradiação de Aruak, Karib e Tupi e de notícias históricas sobre movimentos migratórios de algumas tribos de floresta tropical.
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BAER, Gerhard
- Ein besonderes Merkmal des südamerikanischen Schamanen. Zeitschrift für Ethnologie, Band 94, Heft 2, Braunschweig 1969, pp. 284-292. Bibliografia.
Esta "característica especial do xamã sul-americano", pouco explorada segundo o autor, é a sua conexão com determinados fenômenos naturais (raio, trovão, chuva, arco-íris) e com a pedra. Baer reune a documentação a respeito, inclusive entre índios brasileiros (Bororo, Tapirapé, Apapokúva).
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BALDUS, Herbert
- Aspectos da organização social tapirapé: tripartição, dualidade e graus de idade. Revista do Museu Paulista, N.S., vol. XVII, São Paulo 1967, pp. 49-61. Bibliografia. - Também publicado em Actas y Memorias, XXXVII Congreso Internacional de Americanistas (República Argentina, 1966), vol. III, Buenos Aires 1968, pp. 51-61.
Um mutirão presenciado na aldeia de Tampiitaua deu a Baldus ocasião de supor - ao contrário de Wagley que fala em graus de idade - uma tripartição não-etária dentro da dualidade cerimonial dos Tapirapé. Para reforçar esta suposição, o autor recorre aos dados existentes para tribos vizinhas, tais como os Karajá, Timbira, Xavante, Xerente e outras.
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BALDUS, Herbert
- A contribuição de Anchieta ao conhecimento dos índios do Brasil. Suplemento Antropológico de la Revista del Ateneo Paraguayo, vol. 3, n. 1-2, Asuncion 1968, pp. 7-13. Bibliografia.
Visão de conjunto da obra de Anchieta dentro do quadro das contribuições dos missionários, de então e atuais, à etnologia do Brasil.
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BALDUS, Herbert
- Zur Häuptlingsfrage bei den Tapirapé. Zeitschrift für Ethnologie, Band 93, Heft 1 u. 2, Braunschweig 1968, pp. 233-239. Bibliografia.
Os dados obtidos por Baldus e Wagley na aldeia tapirapé de Tampiitaua discordam fundamentalmente quanto à existência de chefia entre o grupo e à sua definição. Baldus comenta as discrepâncias, recorrendo também, a título de comparação, ao material Karajá e Kayapó existente até a data da publicação do artigo.
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BALDUS, Herbert
- Bibliografia crítica da etnologia brasileira, volume II. Völkerkundliche Abhandlungen, Band IV, herausgegeben von Hans Becher. Hannover, 1968. 864 páginas, 37 estampas, prefácio do editor e introdução em português, inglês e alemão. Índices de assunto, geográfico, de tribos, de autores, comentadores e tradutores.
Reunem-se aqui 1.048 títulos comentados de publicações referentes a índios brasileiros saídas à luz entre 1955 e 1967, emendando-se a sua numeração à do primeiro volume. Às páginas 753-777 encontra- se, sob o título de "Acréscimos", o registro de novas edições e traduções dos trabalhos apresentados no volume anterior.
Cfr. resenha de Thekla Hartmann na Revista de Antropologia, vol. 17-20 (2a. parte), São Paulo 1969-1972, pp. 350-351.
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