nda s-ar-i abati ranhé (MONT., Tes. 133v.): o milho ainda não tem espiga 353. Há o verbo r-ekó “ter” (ou melhor “estar com”), mas não se aplica aos casos em que a posse é mais um estado natural ou permanente do sujeito: tenho pé: xe py (não a-r-ekó py); não tenho filho: nda xe membyr-i (m.); êle tem muitos parentes: i anam-etá; não tenho cabelo: nda xe ab-i; êle tem o rosto risonho: s-obá esãî; não tens o rosto risonho: na nde r-obá esãî; a árvore teve (deu) flores, não teve (deu) frutos: i potyr ybyrá, nd' i á-î; a árvore não tem ponta: nda s-akãpyr-i ybyrá; as abelhas têm (dão) mel: i t-yapir' eí'-r-uba; esta fruta não tem caroço: nda s-aynh-i kó ybá; aquela árvore não dará (terá) frutos: nd' i á-î xó-é aîpó ybyrá-ne; os passarinhos não têm leite: nd' i kamby-î gûyrá VERBOS PREDICATIVOS(Continuação da Lição 8ª)354. Frases predicativas (de “ser” ou “estar”), que incluem genitivo ou possessivo no sujeito, podem-se verter tanto pelo processo de “ter” como de “ser” (como em português): pikepé' tĩ s-un ou s-un pikepé' tĩ: o bico da rolinha é preto O segundo processo é mais usado e mais elegante: tenho os olhos tortos, sou vesgo: xe r-esá-bang; o pescoço da garça é comprido (e) as pernas são amarelas: gûyratinga i aîú' puku, s-etymã îub (lit.: a garça tem o pescoço comprido (e) [tem] as pernas amarelas); minha cabeça está dolorida (dói-me a cabeça): xe akang' asy (lit.: tenho a cabeça dolorida); um ôlho meu é negro (e) o outro é azul: xe r-esá amó un, xe r-esá amó oby (lit.: tenho um ôlho negro e o outro azul). Como se vê, o adjetivo, se é paroxítono, perde a vogal final. O substantivo paroxítono perde a última vogal diante de vogal, a última sílaba diante de consoante. Mas esta última não é norma absoluta. |
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