pir-era couro, pele, akang-ûera caveira, mbaé kang-ûera ossada de animais 227. Empregam o futuro sempre que falam em alguma cousa da qual se fará outra. Mostrando, p. ex., um galho, podem dizer xe gûyrapar-ama meu arco (futuro); falando de um menino, xe men-ama meu futuro marido, etc. Uso semelhante cabe a ram-bûera. De um prisioneiro fugido diz-se: o-îabab xe r-e-mbi-ú-ram-bûera: fugiu o que ia ser minha comida 228. Com verbos no passado, rama equivale, em português, a “havia de ser”. Pois não se considera o futuro com relação ao tempo em que se fala mas ao tempo do verbo: Acanguçu, o meu senhor, me deu um anzol Cabe a 2ª tradução (futuro), se Acanguçu ainda não era meu senhor quando me deu o anzol, mas o foi depois (lit. Acanguçu, que havia de ser meu senhor, me deu um anzol). Só se usa a 1ª tradução, se já era meu senhor e ainda o é. Cfr. mais êstes exemplos: nde r-uba, xe îar-ama, kó gûyrapara o-s-eîar ixé-be: teu pai, que havia de ser meu senhor (e o foi), deixou-me êste arco; abá suí-pe Cristãos aîpó o é-rama r-ar-i? Îandé Îara Jesus Cristo suí (AR. 16 ad.): de quem tomaram os cristãos êsse que havia de ser (e foi) o seu nome? De N. S. J. Cristo. 229. Igualmente, com verbos no futuro, pûera equivale, às vêzes, ao passado do futuro: i ú-pyr-am muam-bá'-pe t-obaîara gûarinĩ-me o-manó-bae-pûera//: serão (hão de ser) devorados no campo de batalha os guerreiros que morrerem (lit.: que morreram) na guerra Na tradução, a noção de tempo pode ligar-se não ao substantivo, mas ao possessivo: |
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