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SANTOS, Yolanda Lhulier dos; BARRACO, Helda Bullotta; MYAZAKI, Nobue

"Entre os importantíssimos texto-míticos apresentados no contexto cultural xinguano e caduveo, destaca-se o dos Gêmeos onde é facil perceber que estamos frente a um código estruturado para uma informação ditada mais ou menos 6.300 anos antes de nossa era. Com efeito, é esta a data processional dos equinócios que utiliza os Gêmeos do Zodíaco em seu trânsito" (p. 122). O célebre desenho de Guido Boggiani que representa a "Pintura facial de mulher caduvea" - decodificado pelo original processo revelado por este livro, permite a seguinte leitura: "Cada mês de julho procederemos, impreterivelmente ao plantio do lado noroeste do nosso povoado e as suas festas decorrentes" (p. 107). A pintura corporal das tribos xinguanas, "especialmente aquela feita durante a cerimônia do Kwaryp e do Jawari" é assim sintetizada: "Que o poder do sexo seja protegido pelos gêmeos que iluminam o conhecimento, enquanto a força criativa do ar traga as possibilidades da fertilidade; a força evolutiva permite a evolução da matéria criando o eleito, criador e puro" (p. 64). Eis uma seleção de trechos desse ensaio de "editoração não-verbal" realizado num momento de desvario sob o signo da astrologia.

(p. 547)

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