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CUNHA, Maria Manuela Carneiro da

Matriz de uma série de artigos posteriores, esta tese de doutoramento é antes de tudo uma sólida revisão da teoria antropológica no que diz respeito a representações sobre a morte e os mortos, desenvolvendo-se em direção ao capítulo final que, no título, resume a hipótese da autora: "Os mortos são outros". Baseada em observações de campo feitas durante um período de tempo bastante curto, ela integra habilmente os dados da bibliografia específica sobre os Krahó - e sobre os Jê em geral - numa trajetória que abrange o conceito de morte, os aspectos do sepultamento, a repartição das tarefas funerárias e o luto, os ritos que levantam o luto, a escatologia Krahó, a herança e a inexistência do culto aos ancestrais. Entre esses capítulos encaixam-se ainda considerações sobre a antiga instituição do enterro secundário, assim como uma seção intitulada "Amizade formal, companheirismo e a noção de pessoa" que se encarrega de uma reiteração do conceito de alteridade para os Krahó.
Cfr. resenha de Simone Dreyfus em L'Homme, tome XIX, n. 2, Paris 1979, pp. 99-101.

(p. 186)

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