SCHADEN, Egon
- Aculturação Indígena. Ensaio sôbre fatôres e tendências da mudança cultural de tribos índias em contacto com o mundo dos brancos. Tese apresentada ao concurso para a Cadeira de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. São Paulo 1964, 317 pp. in-8°. Bibliografia. — Apareceu também como volume XIII da Revista de Antropologia, São Paulo 1965.
A primeira parte (pp. 11-64) historia as pesquisas aculturativas na Etnologia Brasileira. Na segunda parte (pp. 65-152), o autor analisa três situações concretas de aculturação: a criada no alto Xingu onde à aculturação intertribal sobrevêm a influência do branco; a aculturação religiosa dos Guarani, assunto para cujo estudo o autor realizou numerosas pesquisas de campo; a persistência e mudança da cultura tenetehara, segundo as investigações de Wagley e Galvão (cf. B. C. 1736). Os capítulos da terceira parte (pp. 153-229) evidenciam a «reação aculturativa em diferentes esferas culturais» a saber, no sistema social, na vida econômica e nas instituições políticas, na cultura material, língua, arte, mitologia e religião. A quarta parte (pp. 231-275) compreende como temas específicos o messianismo, a determinação de fatôres, tendências e fases da aculturação variáveis de
tribo a tribo e, por fim, a política indigenista. Resumo, conclusão e bibliografia das obras citadas no texto ocupam as páginas restantes.
A presente obra ventila, portanto, tal multiplicidade de problemas da aculturação indígena, com base em tantos dados, que se torna instrumento de trabalho indispensável ao estudioso da Etnologia Brasileira. Ultrapassando o âmbito do Brasil, oferece, ainda, subsídios para a formação da teoria geral da mudança de cultura.
Cf. o comentário de Herbert Baldus na Revista do Museu Paulista, N. S., XVI, São Paulo 1965/66, pp. 359- 360.
(p. 621-622)
Nova ed.: Aculturação indígena: ensaio sobre fatores e tendências da mudança cultural de tribos índias em contacto com o mundo dos brancos. São Paulo, Livraria Pioneira Editora e Editora da Universidade de São Paulo, 1969. XVI + 333 páginas.