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GALVÃO, Eduardo, e SIMÕES, Mário F.
  • Kulturwandel und Stammesüberleben am oberen Xingú, Zentralbrasilien. Völkerkundliche Abhandlungen, I: Beiträge zur Völkerkunde Südamerikas. Hannover 1964, pp. 131-151, 10 figuras, 2 mapas e 2 tabelas no texto. Bibliografia. ― Em português: Mudança e sobrevivência no Alto Xingu, Brasil Central. Revista de Antropologia, XIV, São Paulo 1966, pp. 37-52, 2 tabelas no texto, 10 figuras e 1 mapa em pranchas fora do texto. Bibliografia.

Depois de resumidamente historiar a exploração da "área do alto Xingu" e apresentar sua caracterização cultural, os autores analisam dados demográficos e aculturativos a seu respeito. Mostram que de 1884 a 1952 houve uma depopulação de cêrca de 80 %. Tendo esta percentagem diminuído a 0,45 % nos onze anos seguintes, supõem que os xinguanos passaram o "teste de sobrevivência" (p. 145). Consideram "pouco percebíveis" ("wenig fühlbar") as mudanças culturais no Xingu desde as visitas dos primeiros pesquisadores até 1963, sendo os mais difundidos entre os elementos introduzidos as ferramentas, miçangas, armas de fogo e plantas cultivadas (p. 146). Observam, por fim, que, nos últimos anos, o serviço das instituições governamentais e o isolamento ainda existente da região não só possibilitaram, mas também favoreceram a coesão das tribos e a conservação das formas tradicionais de sua cultura em contraste com os processos diruptivos
provocados pelo contacto com os brancos entre a maior parte das tribos da Amazônia (p. 150). Cf. o comentário de Egon Schaden em Aculturação Indígena, São Paulo 1964, pp. 96-97.

(p. 327-328)

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