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GALVÃO, Eduardo

Depois de mencionar a criação de institutos de pesquisa e novas publicações, o autor trata da intensificação dos estudos de aculturação, observando que êstes se limitam, em geral, apenas a um aspecto da mudança, isto é, àquele "induzido pelo contacto direto e permanente entre duas sociedades". Comentando a "relutância da parte de nossos etnólogos a se lançar a problemas de generalização" não obstante "a soma crescente do conhecimento etnográfico", afirma que "a premissa do chamado 'mosaico cultural indígena'…tem levado a maioria do etnólogos a não se preocupar, ou mesmo se opor, a esquemas classificatórios de definição mais precisa que os de base lingüística". Aponta a contradição entre admitir, simultâneamente, o "mosaico" e a "uniformidade" cultural dos grandes grupos lingüísticos. Declara que "a recente classificação lingüística, proposta por Greenberg, incluindo tupi e aruak em um bloco 'andino-equatorial', e os jê-pano-caribes em outro, altera de modo substancial as inferências culturais que se derivavam das classificações lingüísticas tradicionais." Indica, por fim, classificações baseadas em tipos de cultura e em áreas culturais.

(p. 324-325)

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