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GALVÃO, Eduardo

O presente trabalho, resultado de pesquisas de campo realizadas pelo autor em 1947 e 1950, trata da demografia daquela região, da procedência de seus índios, da aculturação intertribal, aquisição do sustento, indústria, navegação, indumentária, habitação, estratificação social, aspectos de liderança, organização familial, ordem matrimonial e nomenclatura de parentesco. De importância especial é a seguinte conclusão: "…acreditamos ser possível apontar que, tal como nos demais aspectos significativos da cultura xinguana, na área cultural do uluri, como a denominamos, também os sistemas de parentesco refletem a distribuição de um tipo uniforme que se caracteriza pela bilateralidade, extensão de têrmos, residência bilocal e patrilocal, evitação entre sogro-genro, sogra-nora e cunhados, relações de aproximação entre primos cruzados, poliginia simples e sororal, e levirato. Negativamente, pela ausência de metades, sibs ou outros sub-grupos sociais, localizados ou não. A unidade sócio-econômica é a família extensa." (p. 40).
Apesar de seu tamanho reduzido, 41 páginas de texto, é esta publicação uma das melhores da Etnologia Brasileira aparecidas depois de 1950 e obra de consulta obrigatória sôbre os índios do Xingu.
Cf. o comentário de Marcelo Bórmida no Boletim Bibliográfico de Antropologia Americana, XVII (1954), segunda parte, México 1955, pp. 148-150.

(p. 317)

Republicado na coletânea Encontro de sociedades: índios e brancos no Brasil (Galvão 1979)

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