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FAINBERG, Leo
  • Überlebsel der matrilinearen Gens bei den Indianern am oberen Xingú. Völkerkundliche Abhandlungen. I: Beiträge zur Völkerkunde Südamerikas, Hannover 1964, pp. 71-77. ― Esta versão alemã está precedida pelo original russo (ibidem, pp. 63-69).

Segundo o autor, "os cientistas soviéticos, em contraste com os etnógrafos e sociólogos americanos e europeus ocidentais, acham que todos os povos, no decorrer de sua evolução, passaram pela época do matriarcado ou da gens matrilinear, época de florescência da organização social primária. Gens matrilinear é não sòmente a ordem matrilinear de descendência em conexão com a exogamia (ainda que estas sejam as obrigatórias condições preliminares de sua existência), mas, antes de tudo, o grupo social cujas características são o coletivismo de produção e consumo, propriedade comum dos meios de trabalho e instrumentos, além da não-existência de propriedade particular, dominação e sujeição, família monógama e monoteísmo." (p. 71). O presente artigo procura ver em dados da literatura sôbre tribos da parte superior da bacia do Xingu "sobrevivências" daquela gens. Oportuno torna-se a êsse respeito o seguinte comentário publicado por Richard Thurnwald em 1932: "Os descobridores da matrilinearidade Bachofen, Morgan e Mac Lennan, como também seus discípulos e sucessores Kovalewsky e von Dargun, Starcke e Grosse, Schurtz e Cunow, generalizaram os resultados das investigações, como acontece ordinàriamente, e, aderindo à teoria evolucionista unilinear, criaram a hipótese segundo a qual a matrilinearidade precedeu, em tôda parte, a patrilinearidade. Quando achavam vestígios de instituições matrilineares, sempre os interpretavam como resíduos de uma matrilinearidade conseqüente e extrema que, antigamente, fôsse geral. Essa maneira de interpretar não desapareceu até agora. Mas o conhecimento mais amplo e mais profundo dos povos naturais pôs em relêvo outros pontos de vista. Verificou-se que também entre vários povos naturais inferiores, por exemplo na Austrália, há instituições patrilineares, o que, principalmente, Hartland e Lowie fizeram prevalecer sôbre a escola antiga. Além disso ficou evidente que a matrilinearidade rigorosa não é caraterística dos povos naturais inferiores, mas justamente dos mais desenvolvidos, como, por exemplo, dos micronésios e polinésios, dos índios de Pueblo, etc." (Baldus e Willems, B. C. 137, p. 148).

(p. 268-269)

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