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RODRIGUES, Arion Dall'Igna

O autor estuda, por um lado, o tupi antigo e o tupi hoje falado na Amazônia (nheengatu), e, por outro lado, o guarani antigo e o guarani falado atualmente no Paraguai e adjacências (avanheem), chegando à seguinte conclusão: "Sob o ponto de vista glotológico, não resta a mínima dúvida quanto à unidade: os ramos tupi e guarani são muito estreitamente ligados entre si. Se, entretanto, encararmos êstes dois ramos pelo lado prático, somos levados a reconhecer que, quem falasse o tupi antigo, conseguia, mais ou menos, entender o guarani antigo, com dificuldade quasi idêntica à que se oferece ao indivíduo de fala portuguêsa para entender o espanhol. Mas quem fala o nheengatu, podemos afiançar, não poderá compreender do avanheém senão palavras sôltas, podendo-se aqui comparar o grau de dificuldade, mais ou menos aproximadamente, com o que se depara ao português que ouve falar o francês." (pp.349-350).

(p. 594)

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