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RIVET, P. et TASTEVIN, C.
  • Les langues du Purús, du Juruá et des régions limitrophes. Anthropos, XIV-XV, Wien 1919-1920, pp.857-890; XVI-XVII, Wien 1921-1922, pp.298-325, 819-828; XVIII-XIX, Wien 1923-1924, pp. 104-113.

Segundo os autores, as semelhanças gramaticais e morfológicas apresentadas neste trabalho demonstram formarem o kampa, piro-kuniba e ipuriná um sub-grupo arawak de uma homogeneidade que a diferenciação bastante manifesta dessas três línguas não pode dissimular. As concordâncias lexicográficas reunidas num vocabulário comparativo confirmam essa conclusão.
O presente estudo de gramática comparativa revela, ainda, segundo os autores, como se adaptam mal os conceitos gramaticais europeus às línguas americanas. A distinção entre adjetivos, substantivos e verbos é, nelas, completamente artificial. As três línguas aqui estudadas ignoram-nas. Nelas empregam-se radicais que são ao mesmo tempo verbos, substantivos, adjetivos etc. e se obtém uma diferenciação sem rigor por meios gramaticais e processos de derivação muito reduzidos. O lugar da palavra na frase e, de certo modo, o lugar dos afixos determinam o sentido exato: a sintaxe supre a indigência da morfologia. Um radical, seja êle empregado como substantivo, verbo ou adjetivo, é conjugado por meio das mesmas partículas possessivas ou pronominais, prefixos ou sufixos. A noção do gênero é indicada, em todos os casos, pelo mesmo sufixo.
Em apêndice são publicados um vocabulário comparativo mashco-arawak e um vocabulário kušití-neri, cujo parentesco com o piro-kuniba é considerado evidente.

(p. 588-589)

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