PAIVA, Tancredo de Barros [1883-]
- Bibliografia ethnica-linguistica brasiliana. Annaes do XX Congresso Internacional de Americanistas, III, Rio de Janeiro 1932, pp. 331-400.
A presente lista de mais de 600 publicações é dividida em 5 partes, a saber: "I. Catequese e civilização dos indígenas": ns. 1-46; "II. Etnografia": ns. 47-324; "III. Lingüística": ns. 325-500; "IV. Negros e mestiços": ns. 501-518; "V. Brasileirismo — Folclore": ns. 519-570. Algumas dezenas de obras não numeradas são citadas em apêndices.
O trabalho não satisfaz por ser pouco sistemático. Há números sem indicação do ano e lugar da edição, outros indicam até a tipografia e poucos são acompanhados de comentário. O autor não considera as obras importantes da Etnologia Brasileira do século XX, nem sequer cita nomes como os de Max Schmidt, Curt Nimuendajú e Antonio Colbacchini. Os erros tipográficos são numerosos e prejudicam ainda mais o valor da publicação.
Aliás, em 1930, dois anos, portanto, antes da referida publicação, apareceu uma bibliografia de obras concernentes aos índios do Brasil, intitulada "Raça brasilica" (Boletim do Ministerio da Agricultura, Industria e Commercio, anno XIX, vol. I, ns. 1 e 2, Rio de Janeiro 1930, pp.121-140, 255-271), do mesmo autor. É dividida da seguinte forma: I. Catequese e historia: número 1-336. — II. Etnografia e antropologia: número 336A-728, isto é, até o item Maximiliano (Principe), seguindo-se, depois, a palavra "Continua". Mas a continuação não apareceu nem nos restantes quatro números do vol. I, nem nos três primeiros do vol. II. As páginas citadas do Boletim contêm uma parte da bibliografia publicada em 1932, enriquecida por numerosos acréscimos. É que o autor, como me explicou em carta, havia entregue a bibliografia original ao Congresso Internacional de Americanistas realizado em 1922, e, demorando a publicação dos Anais, deu ao Boletim do Ministerio da Agricultura uma cópia com acréscimos. O caráter fragmentário da publicação de 1930 é explicado, na referida carta, pela frase seguinte: "Infelizmente, a Revolução de 30 acabou com a publicação do Boletim, sendo-me restituídas as provas já paginadas e os originais".
Também esta lista contém numerosas inexatidões e erros, mas sua leitura talvez não seja inútil para certos estudiosos, pois cita os títulos de obras cuja menção na Bibliografia Crítica da Etnologia Brasileira não me pareceu necessária.
(p. 523-524)