MONTOYA, Antonio Ruiz de [1583-1652]
- Arte de la lengva gvarani. Publicado nuevamente sin alteracion alguna por Julio Platzmann. Leipzig 1876. Bocabvlario de la lengva gvarani. idem. Tesoro de la lengva gvarani. idem. Primeira edição do Tesoro: Madrid, 1639; da Arte e do Bocabulario: Madrid 1640. Uma outra edição, “mas correcta y esmerada que la primera, y con las vozes indias en tipo diferente”, apareceu em Viena e Paris, no ano de 1876, organizada por Francisco Adolfo de Varnhagen, Visconde de Porto Seguro, sob os títulos “Arte de la lengua Guarani, ó mas bien Tupi” (iv, 100 pp.) e “Vocabulario y Tesoro de la lengua Guarani, ó mas bien Tupi, en dos partes: I. Vocabulario Español-Guarani (ó Tupi), II. Tesoro Guarani (ó Tupi)-Español” (xii, 255 e 407 pp.).
Segundo o guaranílogo paraguaio Juan Francisco Recalde (Vocábulos designativos de relações e contactos sociais, nas línguas tupi ou guarani, p.60), encontram-se nesta obra clássica "expressões correspondentes à influência da vizinhança dos índios da costa marítima, sôbre os índios de Guairá", tendo Montoya aprendido "um guarani de fronteira que não se identifica ao de Assunção ou Vila Rica."
A importância de Montoya fica bem patente pelas seguintes frases, escritas por outro perito na matéria, isto é, por Curt Nimuendajú, em carta dirigida a Herbert Baldus: "Provàvelmenie há cerca de um metro cúbico de literatura (lingüística) sôbre o tupi-guarani. Posso passar mais ou menos sem tudo isso, excetuando o velho Montoya (Arte—Vocabulario — Tesoro. 1640. Nova edição Viena-Paris 1876}. Verdade é que êle tem os seus erros e por isso não serve para principiantes."
Cf. também os comentários de Plínio Ayrosa nos seus "Apontamentos para a Bibliografia da língua tupi-guarani", pp.173-182.
A Arte e o Vocabulario de Montoya foram consideràvelmente enriquecidos pelo padre Paulo Restivo, nos seus trabalhos baseados nessas obras do confrade.
(p. 468-469)