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KRAUSE, Fritz

Em 1908 o autor percorreu o vale do Araguaia para estudar suas tribos. Descreve, na primeira parte dêsse livro, a viagem e, na segunda parte, os resultados científicos, tratando as páginas 180-350 especialmente dos Karajá, as páginas 351-367 dos Javahé, as páginas 368-402 dos Kaiapó e as páginas 403-411 dos Tapirapé, enquanto o apêndice contém vocabulários e textos. Se bem que a apresentação do material sôbre os Karajá seja, até agora, uma das melhores monografias sôbre uma tribo brasileira, convém notar que oitenta e uma das suas páginas ocupam-se de adornos, armas, brinquedos de crianças e técnica, ao passo que os capítulos sôbre relações políticas, guerra, chefes, tratamento de estrangeiros, relações jurídicas, vida social, formas de saudação, matrimônio, nascimento, educação e morte não chegam a encher, juntamente, doze páginas.

As notícias sôbre os Tapirapé reproduzem, principalmente, informes dados pelos Karajá, pois o autor não conseguiu alcançar aquela tribo tupi, e suas próprias notas a respeito referem-se ao pouco que êle pôde observar durante sua excursão pelo rio Tapirapé e em alguns indivíduos tapirapé que viviam nas aldeias karajá.

No tocante ao material tapirapé cf. o comentário de Herbert Baldus na Revista do Arquivo Municipal LXVI, São Paulo 1940, pp.43-45, que representa o prefácio da versão portuguêsa do presente livro. Pequenas inexatidões da obra de Krause foram indicadas por Max Schmidt (Zeitschrift für Ethnologie XLV, Berlin 1913, p.193) e Wilhelm Kissenberth (Baessler-Archiv VI, Heft 1/2, Leipzig-Berlin 1916, p. 37).

(p. 358)

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