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AYROSA, Plinio
  • Vocabulario na lingua brasilica. Manuscrito português-tupi do século XVII, coordenado e prefaciado por Plinio Ayrosa. Coleção do Departamento de Cultura XX, São Paulo 1938. 433 pp. in-8º, 5 pranchas. — 2ª edição revista e confrontada com o Ms. fg., 3144 da Bibl. Nacional de Lisboa foi publicada por Carlos Drumond como Boletim 137 e 164 da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, Etnografia e Tupi-Guarani Nº 23 e Nº 26, São Paulo, 1952 e 1953, 154 e 149 pp. in-8º.

Fonte importantíssima para a tupinologia com material interessante para a Etnologia Brasileira. Escreve o prefaciador (p.68): "…com os dados de que dispomos, e em face do que nos forneceu o longo estudo desapaixonado do manuscrito, não podemos, em sã consciência, negar as possibilidades de ter sido Anchieta o autor primeiro deste primeiro valiosissimo Vocabulário." Cf. também Ayrosa: Apontamentos etc., p. 270. Philipson (Nota etc., p.8) acha que aquele vocabulário "com muita razão é atribuido a Anchieta".

Mas, na opinião do padre Serafim Leite (Páginas de história do Brasil, São Paulo 1937, pp. 63-69; História da Companhia de Jesus no Brasil II, Lisboa e Rio de Janeiro 1938, pp.552-556; Leonardo do Vale, autor do primeiro "Vocabulario na língua brasilica [1591]", Verbum, Rio de Janeiro 1944), foi o jesuíta Leonardo do Vale o autor da obra em aprêço. Esta suposição é fortalecida pelo padre A. Lemos Barbosa (O "Vocabulário na Lingua Brasilica", Rio de Janeiro 1948, 37 pp.), para quem, além disso, "resulta bem claro que o primitivo texto do Vocabulario não foi redigido em Piratininga, senão mais para o Norte." (p.4).

Das relações entre o Vocabulario na língua brasilica e o Diccionario Brasiliano trata M. de L. de Paula Martins (O Dicionário etc.). A mesma autora (Vocabulários tupis — O problema VLB, Boletim Bibliográfico XIII, São Paulo 1949, pp.59-71) continua a discussão sôbre a autoria daquele, demonstrando que esta, por enquanto, é um problema sem solução definitiva. Acrescenta (ibidem pp.72-93) importante relação de emendas obtida pelo confronto da edição de 1938 com manuscritos existentes na Biblioteca Pública Municipal de São Paulo e na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Prefaciando a segunda edição (p.11), Ayrosa responde aos críticos.

(p. 84-85)

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